Com hidrocefalia, Shih-Tzu responde a tratamento e completa 4 meses - Shih tzu: Tudo o que você sempre quis saber sobre essa raça Pular para o conteúdo principal

Com hidrocefalia, Shih-Tzu responde a tratamento e completa 4 meses

Na cria de cinco filhotes de shih-tzu, uma era diferente. Não mamava e tinha o corpo mais frio que os outros. Depois de algumas idas a um veterinário de Tambaú, no interior de São Paulo, onde moram, Carlos Henrique e Linéia não tinham um diagnóstico.

Por recomendação do profissional, ofereciam à cachorrinha uma mistura de leite, gemas e creme de leite, mas ela não melhorava. Resolveram, então, levá-la a Pirassununga, ali perto, em outra clínica.

Foi só olhar para a shih-tzu recém-nascida que a veterinária Mariney Di-Tanno Ramalho matou a charada. Petit tinha hidrocefalia, uma doença que, como nos humanos, provoca o acúmulo de líquido no cérebro. O resultado é um atraso no desenvolvimento e convulsões frequentes.
Segundo Mariney, os casos em cães são raros. Por isso, quando acontecem, exigem atenção especial. O tratamento é feito com gardenal, que o animal precisa tomar a vida toda, e anti-inflamatórios, que visam reduzir os efeitos da pressão provocada pelo excesso de líquidos.

“A hidrocefalia causa, por algum motivo, uma alteração na formação do cérebro que afeta as células que produzem e absorvem esse líquido. Isso faz com que haja um excesso na produção ou, então, uma má absorção”, explica Mariney.

Preocupados com a Petit, que completou quatro meses no final de outubro, Carlos e Linéia decidiram adotá-la. Ficaram, ainda, com um irmão dela, o Kalebh. Os outros três filhotes foram doados. Agora, são quatro shih-tzus na casa. Antes, eles tinham o Tobias, que tem de 13 para 14 anos, e a Sarah, que tem sete anos e é a mãe da ninhada.

A gestação


O casal está junto há dez anos. Quando se conheceu, Linéia já tinha o Tobias. Foi durante uma visita a um pet shop de Campinas, onde moraram antes de Tambaú, que eles se apaixonaram pela Sarah. Desde então, não queriam mais cachorros.

Achavam que dois estavam de bom tamanho. Há seis meses, mudaram de ideia. E colocaram a Sarah para cruzar um shih-tzu do vizinho.

Foram 62 dias de gestação, acompanhada intensamente por Linéia, que é técnica de enfermagem para humanos, mas estende a dedicação aos bichos. Carlos, engenheiro eletricista, conta que Petit foi a primeira nascer. E, logo de cara, eles notaram que algo não ia bem.

“Sarah a pegou pela boca e começou a chacoalhar. Parecia perceber que a Petit era diferente”.

Para esquentá-la, colocavam a filhote entre garrafas pet com água quente e cobertores. Hoje, comemoram a saúde da cachorrinha. “Muita gente dizia que o melhor era a gente sacrificá-la.

Preferimos perder o amigo, mas não dar ouvidos para isso”, afirma Carlos, aos risos. “Como ela tem um atraso no desenvolvimento, aprendemos todos os dias a lidar com ela. Mas vale a pena. Agora, tudo tá andando bem”

Tratamento


A veterinária confirma que a Petit reagiu muito bem aos medicamentos. “Alguns animais não respondem como esperado. Não foi o caso da Petit, que teve um diagnóstico precoce. Quanto mais cedo a doença for descoberta, melhor o prognóstico”.

No caso da shih-tzu, a hidrocefalia é congênita – o animal já nasce com ela. Mas a doença pode aparecer, também, em decorrência de infecções ou alguns tipos de câncer. Mariney dá dicas para que os donos possam identificá-la.

“Os animais com hidrocefalia apresentam a cabeça um pouco mais achatada e os olhos mais afastados um do outro”. Dificuldades para caminhar e fazer as necessidades fisiológicas também são pistas importantes.

Perguntada sobre a possibilidade da implantação de válvulas para drenar o líquido, como em humanos, a veterinária diz que é preciso avaliar caso a caso, já que há o risco de entupimentos e contaminações. “Além disso, é preciso ir trocando a válvula conforme o animal vai crescendo”.
Carlos e Linéia não estão preocupados com o futuro. Eles sabem que a expectativa de vida para cães com hidrocefalia tende a ser um pouco menor em relação aos que não têm a doença, mas querem mesmo é curtir o momento.

“A recuperação da Petit é motivo de alegria. Dia a dia, nossa única preocupação é dar a ela todo o nosso amor”.

Fonte do Texto: Revista planeta pet
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