Gucci, Zara, Prada, Guess e Donna Karan. À primeira vista, são nomes de grandes marcas de luxo conhecidas em todo o mundo.
Mas também são alguns dos nomes que a criadora de cachorros Celene Almeida, que vive em Lucena, no Litoral Norte da Paraíba, escolheu para dar aos seus bichinhos de estimação.
Celene é criadora de cães da raça shih-tzu e, quando adquiriu o primeiro animalzinho do canil, hoje com 7 anos, não quis colocar um nome comum.
(Foto: Arquivo Pessoal/Celene Almeida) |
“Nunca gostei de nome de gente em cães. E não queria um nome bobo, como Luluzinha. Achei melhor colocar nome de marcas, ficaria mais diferente”, explicou.
O primeiro se chama Riki, em alusão à marca de bolsas Riki Rosetta. Os outros nove cachorros que sucederam Riki seguiram a mesma tradição: Lilica (Ripilica, de roupas infantis), Gucci (acessórios), Zara (roupas e acessórios), Kyra (vinhos), Prada (moda e acessórios), Diva (roupas), Guess (roupas e acessórios), Donna Karan (roupas e acessórios) e Gibson (guitarras).
Das marcas de moda que deram nomes aos bichinhos de Celene, a criadora disse que só não possui produtos Riki Rosetta e Gibson.
A Lilica Ripilica foi uma referência à infância da filha, que usava muito a marca quando era criança, e Kyra é uma lembrança dos vinhos italianos.
Assim como as marcas, os cachorrinhos de Celene também podem ser considerados de luxo. Todos têm pedigree e fazem parte do canil Portail du Soleil, que participa de exposições.
“Todos eles já foram campeões. Gucci é campeão internacional. Guess já desfilou em 10 estados brasileiros.
Quando eles atingem os pontos altos dos campeonatos, eu os tiro de pista. A despesa é muito alta e não dá pra manter dois cães de uma vez nas competições. Atualmente, Guess e Gibson estão sendo expostos”, explicou.
Apesar de serem cães bem sucedidos nas exposições, Celene garante que eles não são uma fonte de renda. “Eu sou aposentada de banco, psicóloga e não vivo deles.
É um prazer para mim cuidar deles. No dia que eu tiver que viver às custas dos meus cachorros, eu castro todos”, garantiu Celene.
A criadora explicou que o dinheiro que os cães ganham por mérito deles, quando há lucro, volta em investimento para o canil.
“Quem cria como a gente, selecionando e aprimorando a raça, o investimento é muito maior que o retorno.
A venda de filhotes não consegue cobrir o gasto de uma exposição. O que eles me dão como lucro, financeiramente, eu volto tudo para eles mesmos.
Eles moram dentro de casa, têm um carrinho como se fosse de bebê, com guarda-roupa e caminhas. Têm uma vida de luxo, como são as marcas”, comentou.
Celene mora com o marido, que também ajuda a cuidar do canil, e garantiu que os bichinhos já fazem parte da família.
“Temos três filhos, mas que já são independentes, cada um tem sua casa. Para a gente, os cãezinhos são nossos filhos. Eu preciso mais deles do que eles de mim”, declarou.
Celene realiza esse trabalho voluntariamente em asilos e hospitais e também oferece a opção de zooterapia para tratamento de crianças especiais na clínica dela. Os cães que mais participam da terapia junto com Celene são Riki e Kyra. “Tem cães que aceitam carinho o tempo inteiro e pedem colo. Eles dois são assim”, justificou.
Redação G1