Se você tem o privilégio de ter um cachorro e um gato, pode estar se perguntando se existe o risco de eles se reproduzirem juntos. Mas qual seria o resultado? Isso é mesmo possível?
Em suma, não.
Embora possa ser divertido imaginar um gato parecido com um cachorro ou um cachorro parecido com um gato, eles são muito diferentes um do outro para produzir descendentes.
Embora agrupemos cães e gatos por serem os animais de estimação mais domesticados do mundo moderno, servindo a um tipo de companhia semelhante para a civilização humana, eles são animais completamente diferentes. Seu último ancestral comum foi há aproximadamente 42 milhões de anos.
42 milhões de anos é muito tempo. Os dinossauros foram extintos há cerca de 65 milhões de anos. Os humanos modernos só evoluíram há 130.000 anos. A civilização moderna se desenvolveu há 4.000-5.000 anos. O Império Romano governou o mundo há 2.000 anos. É difícil para nossas mentes comparativamente pequenas – que reconhecem o tempo em décadas – compreender exatamente como são 42 milhões de anos. É um número muito grande.
Ainda temos muito a aprender sobre a vida neste planeta. Ainda nem sabemos o que não sabemos. Mas sabemos que uma coisa é certa: cães e gatos não podem criar uma espécie híbrida. Continue lendo para descobrir o porquê.
Eles são geneticamente incompatíveis
Em primeiro lugar, eles têm um número diferente de cromossomos. Os cromossomos são moléculas de DNA – nosso código genético – que transmitem informações genéticas de pais para filhos. Os gatos têm 19 pares de cromossomos. Os cães têm 39. Não são tanto os números que determinam a singularidade de uma espécie, mas o conteúdo que compõe os cromossomos. Mas ter o mesmo número de cromossomos é útil para a criação de descendentes. Cães e gatos têm uma diferença de 20 em número, uma diferença enorme que inviabilizaria a reprodução.
Quanto mais semelhante for o DNA, mais provável se torna a criação de uma espécie híbrida.
Eles não reconhecem sinais de acasalamento
Eles também têm comportamentos de acasalamento totalmente diferentes e não reconhecem os sinais de acasalamento uns dos outros. A sua cadela não reconhecerá que a sua gata está no cio e qualquer demonstração de "comportamento sexual" deve-se à excitação. Os cães tendem a ter uma 'estação' em que são receptivos aos machos a cada seis meses, enquanto os gatos tendem a ter dois a três ciclos de cio durante a época de reprodução. É quando a gata (rainha) estará receptiva aos machos.
No entanto, o que você pode achar interessante ou não é que uma rainha só ovulará quando ocorrer o acasalamento. Isso significa que o próprio ato de reprodução é necessário para que um gato libere um óvulo do ovário, e eles podem precisar de várias sessões para que isso ocorra.
A anatomia é completamente diferente
Se entrarmos em mais detalhes aqui, a anatomia dos 'apêndices' é completamente diferente. O pênis do gato é farpado. Acredita-se que essas farpas são o que estimula o trato reprodutivo da rainha. A natureza é uma façanha maravilhosa de caos ordenado. Você sabia que os pênis humanos já tiveram espinhos? Pensa-se, talvez, que foi a monogamia que levou à perda de espinhos penianos em humanos. A fertilização não é mais (indiscutivelmente) um esporte competitivo, enquanto para os gatos, há um pouco mais de pressão para que os machos tenham sucesso em passar o material genético para a próxima geração de gatinhos.
Acredita-se que o pênis farpado seja o que estimula a liberação do óvulo do ovário, permitindo assim que ocorra a fertilização.
Portanto, os cães não seriam capazes de inseminar os gatos, pois eles não têm pênis farpados. Sua estrutura anatômica simplesmente não permite – e vice-versa, a falta de um bulbis glandis impediria uma trava copulatória, reduzindo novamente as chances de fertilização.
Para concluir, é do interesse da natureza evitar que as espécies se cruzem
Ter um número diversificado de plantas e animais em todo o planeta oferece uma chance maior de prosperidade da vida. E no final de tudo, embora os humanos tenham a tendência de lidar com o conceito do significado da vida e o objetivo de nossa existência, o propósito biológico da vida é simplesmente sobreviver. Cães e gatos são geneticamente muito diferentes para terem sucesso na prole.
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